Segunda fumaça: preta
Fonte: CNBB
Às 11h38 minutos de Roma (7h38 de Brasília) desta quarta-feira, 13 de março, da chaminé da Capela Sistina ainda saiu fumaça preta. A Praça São Pedro estava lotada de fiéis que aguardavam o êxito das votações dessa manhã. Isso significa que ainda não foi eleito o novo pontífice.
Espera-se que a próxima fumaça deve sair entre o início e o fim da tarde de hoje. Isso porque considera-se a possibilidade de o papa ser eleito ainda no primeiro escrutínio da tarde. Caso isso ocorra, já poderá haver fumaça por volta das 16h de Roma (12h de Brasília). Não havendo consenso entre os cardeais, as cédulas só serão queimadas após novo escrutínio, o que deve ocorrer após as 18h (15h de Brasília).
No início da manhã, os 115 cardeais celebraram missa na Capela Paulina do Vaticano, seguindo depois para a Capela Sistina, onde um novo momento de oração antecedeu o reinício ao processo eleitoral, que só se concluirá quando for obtida a maioria de dois terços dos votos (77 neste caso). A legislação prevê quatro escrutínios por dia, dois de manhã e dois de tarde. O segundo sufrágio tem início “imediatamente depois” do primeiro, caso este tenha sido inconclusivo.
As formalidades previstas para o início de cada bloco de votações preveem o juramento de cada cardeal bem como o sorteio de três escrutinadores, revisores e dos responsáveis pela recolha dos votos de eleitores que estejam doentes. Após o cumprimento destas exigências, os eleitores preenchem o boletim de voto que tem impressas as palavras ‘eligo in summum pontificem’ (elejo como sumo pontífice) e um espaço em branco para ali escreverem, secretamente, o nome do cardeal preferido.
Se as votações da manhã não tiverem sucesso, os cardeais regressam por volta das 12h30 à Casa de Santa Marta, no Vaticano, onde almoçam. Neste local, os cardeais estão também proibidos de qualquer contato com o exterior e vão ver apenas os responsáveis pelos serviços de limpeza, alimentação e segurança, para além dos condutores dos veículos que fazem o percurso entre a Casa de Santa Marta e o Palácio do Vaticano, todos eles sujeitos a juramento de segredo, sob pena de excomunhão.
Às 16h os prelados voltam à Capela Sistina, prevendo-se que os escrutínios comecem às 16h50. Caso os sufrágios tenham sido inconclusivos, os eleitores recitam a oração de Vésperas às 19h15, e regressam, 15 minutos depois, à Casa de Santa Marta, na qual residem durante o Conclave. Se a eleição do novo Papa ocorrer, a fumaça branca deverá ser confirmada pelo toque dos sinos, aguardando-se que entre a aceitação da eleição pelo novo Papa e o seu aparecimento público na varanda central da Basílica de São Pedro decorram uns 50 minutos.